quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Quanta hipocrisia

Chega a ser engraçado como é hipócrita este nosso mundo futebolístico brasileiro.


No Campeonato Paulista, Adriano monta em William para cabecear para o gol, que foi corretamente anulado (minha opinião). Pode-se discordar aqui e ali, porque na Europa isso cansa de acontecer. Mas houve quem achasse a anulação um escândalo. Chegaram ao cúmulo de dizer que o gol "foi legalíssimo".

Algumas rodadas depois, Kleber Pereira atropela Carlão escandalosamente e toca para o gol, o que bastou para o Santos vencer. A repercussão não foi das mais barulhentas. A imprensa disse apenas que o Corinthians "reclamou da arbitragem".

Volto 15 anos no tempo para lembrar de um outro Majestoso. Eu estava lá. O São Paulo dominou o primeiro tempo e foi para o intervalo com a vantagem do 1 a 0. Mas o Corinthians voltou melhor, e Paulo Sergio empatou o jogo. Ele pegou a bola quase na linha de fundo e fuzilou Zetti. Mas o bandeira Rogério Idealli anulou o gol de maneira tão inexplicável que nem ele conseguiu justificar. Só por muita insistência dos repórteres, disse: "A bola saiu". Ela estava uns 2 metros dentro do campo. Não houve tanta repercussão, porque afinal não era um jogo decisivo.

Ontem, no Engenhão, o São Paulo ganhava por 2 a 1. Aos 31 minutos, Lucas Silva chutou de fora e fez o gol. Wellington Paulista estava em posição de impedimento e levantou o pé, mas nem encostou na bola. Foi o suficiente para o bandeirinha Sergio da Silva Carvalho marcar impedimento. Tanto Arnaldo Cesar Coelho quanto Oscar Roberto Godói consideraram o tento legítimo. Os 2 a 1 fazem o São Paulo quase líder do campeonato. Mas as capas dos jornais preferem exaltar o tento tricolor fora de casa. Só o Botafogo chiou.

Três anos atrás, Corinthians e Inter faziam um jogo decisivo. A partida estava empatada em 1 gol quando Tinga sofre pênalti claro de Fábio Costa. Marcio Rezende de Freitas não só não marca como expulsa o volante colorado.

Só faltou o mundo acabar, de tão "vergonhoso" que foi o lance.

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