Então, aproveitou a versatilidade de Jucilei e o colocou na lateral-direita. Na marcação de Neymar, ele revezava com Ralf na proteção de zaga. Este vigiava Ganso de perto.
A saída da defesa para o ataque era muito bem feita por Bruno César. Enquanto isso, Danilo flutuava entre o meio e a ponta esquerda. Lá na frente, Jorge Henrique caía pela direita e Dentinho atuava pelo comando.
Nos primeiros 15 minutos de jogo, a equipe marcou a saída de bola santista. E o primeiro gol saiu logo no despertar do primeiro minuto. Bruno César bate de fora, Felipe espana e Jorge Henrique completa.
Aos poucos, a equipe foi cedendo espaços ao Santos. Mas, bem vigiados, Ganso e Neymar raramente chegavam com perigo. Cada vez que os dois tentavam avançar, eram ilhas cercadas de corintianos por todos os lados. Nos momentos finais, os praianos reclamaram de um impedimento mal-marcado pelo auxiliar Ednílson Corona.
Sem poder contar com suas maiores estrelas e com Arouca pouco inspirado, sobrou para Marquinhos tentar fazer a bola chegar ao ataque. Já no segundo tempo, de seus pés saiu o tento de empate, na metida de bola para André, que bateu à Ghiggia, na orelha da bola, e enganou Felipe.
A resposta veio imediata. A jogada começa num dos poucos avanços de Jucilei, que cruzou da direita. Edu Dracena desvia de cabeça, mas a bola cai nos pés de Bruno César, que encheu o pé e restabeleceu a vantagem. Aí, Dorival Junior resolveu mexer no time. Já tinha trocado Neymar por Madson e ousou: tirou Pará e colocou o centroavante Marcel.
Aos 21, a boa atuação de Ralf é coroada. Ele recebeu de Dentinho, invadiu a área e tocou no canto direito de Felipe: 3 a 1. Com a vantagem no placar, Mano colocou Paulinho no lugar de Bruno César para assegurar o contra-ataque. O ex-Bragantino já havia chegado ao ataque duas vezes e, aos 40 finais, aproveitou cruzamento de Roberto Carlos para marcar o quarto gol. O prejuízo santista fora amenizado por Marcel, em cobrança de falta de Ganso.
Os 13 pontos conquistados até aqui dão ao Corinthians uma gordura importante até que a Copa comece. Se vai entrar na briga pelo título, só a janela e o tempo vão dizer. Mas, se jogar com inteligência, a taça pode, sim, ser possível.